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Colheita de trigo avança e derruba preço na bolsa de Chicago

O início da colheita de trigo em algumas importantes regiões produtores manteve o preço em queda na bolsa de Chicago, provocando o quarto recuo consecutivo no pregão. Os lotes para julho fecharam em baixa de 3,19% nesta segunda-feira (10/6), cotados a US$ 6,0750 o bushel.


“Começou a colheita de trigo em áreas do Hemisfério Norte, como EUA e Europa. Além disso, as condições das lavouras de inverno no Kansas, que é o maior Estado produtor americano do cereal, vêm se recuperando”, destaca Jonathan Pinheiro, analista de gestão de risco da StoneX.


Ele também acrescenta que as condições de trigo de primavera nos EUA, cuja colheita está concluída, surpreenderam positivamente após preocupações com a seca.


A sequência de baixas para o trigo, no entanto, pode estar próxima de acabar. Segundo Pinheiro, há uma expectativa de que as cotações revertam o sinal negativo na próxima quarta-feira (12), com a divulgação de novas projeções de oferta do Departamento de Agricultura americano (USDA).


“A safra na Rússia pode ser revisada para baixo, prevista em 82 milhões de toneladas. Também podemos ver ajustes em outros grandes produtores, como União Europeia e também a Ucrânia”, pontua o analista.


Soja

Em sentido contrário ao trigo, a soja fechou o dia com preços em leve alta na bolsa. Os contratos da oleaginosa para julho avançaram 0,76%, a US$ 11,8825 o bushel.


Relatório da consultoria Granar aponta que a falta de chuvas em áreas produtoras de grãos nos EUA favoreceu o fechamento do grão nesta segunda.


Mas as oscilações devem ser limitadas, pois agentes de mercado estarão em compasso de espera, aguardando novas projeções para as safras tanto nos EUA quanto no Brasil, que serão divulgadas pelo USDA, na próxima quarta-feira (12). Para a safra brasileira, agentes de mercado esperam que o órgão aponte uma colheita de 151,8 milhões de toneladas. Em maio, o USDA projetou 154 milhões de toneladas. Na temporada 2022/23, a safra chegou a 162 milhões.


Sobre a produção de soja dos Estados Unidos, a média das apostas de mercado é de 120,84 milhões de toneladas, em comparação com 121,11 milhões reportadas no mês passado pelo órgão. Na temporada 2023/24 foram produzidas 113,34 milhões pelos americanos.


Milho

A cotação do milho seguiu movimento semelhante ao da soja, e avançou, também respondendo ao clima adverso para os plantios nos EUA. Os lotes para julho subiram 0,67%, negociados a US$ 4,5175 o bushel.


Investidores ainda se anteciparam a um possível corte nas projeções de safra de milho nos Estados Unidos. Analistas de mercado esperam que o Departamento de Agricultura do país aponte uma colheita de 376,96 milhões de toneladas no ciclo 2024/25, que está em fase final de plantio. O volume é inferior aos 377,46 milhões estimadas em maio. Na safra anterior, foram ofertadas 389,69 milhões.


Fonte: Globo Rural


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