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Preço mínimo não cobre custos do trigo em todo o país, diz Cepea

O novo preço mínimo do trigo, que passa a valer de julho deste ano a junho de 2016, não cobre os custos de produção de todas as regiões do Brasil. A avaliação é da equipe de análise de custos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), citando como exemplos praças do Paraná, principal estado produtor.

O valor passou a ser de R$ 34,98 a saca de 60 quilos para o trigo pão tipo 1, o de melhor qualidade. O valor é 4,6% maior que o aplicado na safra atual e equivale a R$ 583 a tonelada do cereal. "Considerando-se os preços dos insumos e também os recebidos pelo produtor em abril, esse mínimo cobriria os gastos apenas de parte das regiões pesquisadas", afirma o Cepea, em nota divulgada nesta terça-feira (19/5).

De acordo com os pesquisadores, em Castro (PR), por exemplo, o produtor precisaria receber R$ 42,48 pela saca de trigo para cobrir os custos estimados em R$ 2.195 por hectare em abril deste ano. O cálculo considera produtividade de 51,67 sacas por hectare.

Em Guarapuava, o novo preço mínimo oficial seria suficiente para bancar os custos operacionais. Com produtividade de 60 sacas por hectare e preço médio de R$ 29,28 por saca, o produtor fecharia "no azul", tendo em vista que o custo operacional foi estimado em R$ 1.757 por hectare.

Ainda conforme os pesquisadores, em Londrina, as despesas da safra - sem considerar os itens do custo total - seriam de R$ 1.278 por hectare. A conta com a receita fecharia com uma combinação de saca de trigo a R$ 30,42 e produtividade de 42 sacas por hectare.

Fonte: Revista Globo Rural


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