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Preços do trigo reagem diante dos problemas de produção

A queda nas estimativas de produção de trigo na Europa, além da estabilidade dos preços dos grãos em geral, e o arrefecimento das exportações da Rússia, são as principais causas por trás da alta dos preços do trigo. Porém, o clima adverso à produção em vários países ainda não foi totalmente mensurado no balanço global e novas revisões podem ocorrer.


Em Chicago, as cotações do trigo na bolsa americana terminaram agosto em leve alta, a USDc 533 /bushel, sendo que nos primeiros dez dias de setembro, subiram 4,3%. O clima é positivo para a cultura nos EUA e o USDA espera uma safra recorde para o trigo, o que chegou a pressionar os preços no início do mês, porém a redução no fluxo das exportações russas fez as cotações subirem.


Do lado da oferta, na França e na Alemanha, o clima excessivamente úmido prejudicou a produção e as estimativas das associações locais para a safra atual foram reduzidas. Além disso, as condições climáticas na região produtora da Rússia foram hostis para a safra, com episódios de seca, geadas e frio extremo.


A pressão por conta do final da colheita do trigo nos Estados Unidos e na França, o que se estenderá aos principais países exportadores do Hemisfério Norte nas próximas semanas, pressiona as cotações. Além disso, a estratégia da Rússia é oferecer descontos pelo seu produto antes do inverno. A janela de exportação russa é limitada, necessitando que volumes saiam antes que o inverno rigoroso restrinja o uso dos seus principais portos.


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima a produção e o consumo global no seu último relatório, de forma que os estoques foram elevados, porém o balanço segue muito apertado. A relação estoque/consumo é a menor dos últimos 10 anos, em apenas 31,9% para a safra 2024/25. Adicionalmente, os preços do milho pararam de cair, melhorando a demanda por trigo para ração animal.


Fonte: O Presente Rural

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